quinta-feira, 26 de maio de 2011

Lógica Divina


Algo que de repente me veio à mente é a forma como o Criador é "visualizado" a partir da condição (muito humana) de possuir uma espécie de inteligência que se desenvolve seguindo uma lógica própria, mas que muito se assemelha à lógica humana.

Atribuir essa lógica humana no proceder de Deus seria compreender que essa Lógica Divina só pode ser compreendida ou assimilada a partir (e por meio) de uma lógica humana construída no decorrer da História.

Atribuir uma “inteligência” ao Criador seria colocar que o Criador se move segundo uma lógica própria, mas que muito se assemelha à lógica humana, mesmo considerando que essa Lógica Divina seja perfeita.

Enfim, pensar que o Criador “pensa” semelhante a nós, é esperar que o Criador mantenha uma lógica que, mesmo sobre “linhas tortas”, a mesma é mantida.

O sentido de desvendar se a existência de uma lógica desenvolvida a partir de uma Inteligência Divina (semelhante à humana) é uma atribuição (humana) ou se realmente a Lógica Divina existe tal qual se apresenta - ou aparenta ser, ou ter -, é o de ser uma forma de entender a presença de Deus na História, no mundo, e na vida pessoal de cada um, sabendo que a movimentação do Criador segue a Própria Lógica entendida no decorrer dos tempos; ou, caso contrário, o Criador e Sua forma de existir seria Algo que estaria longe de seguir uma lógica (humana demais), sendo essa lógica (atribuída ou utilizada) apenas o meio de comunicação possível entre os dois mundos (material e não-material), aceitando, assim, a realidade de que se o Criador não tem ou não se utiliza de uma lógica, sendo essa lógica mais afeita à condição humana, e não à condição do Criador.


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