
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Energia do Criador
O que importa é a Energia do Criador; o Criador fornecendo a Sua Ideologia; fornecendo os elementos favoráveis para que haja um conhecimento dessa Ideologia que atravessa os tempos. E essa Ideologia pode ser entendida através da escrita na Bíblia, ou através da vida de outros seres humanos que levaram essa Energia adiante, em suas próprias vidas; uma Energia que, quem já a experimentou, sabe o que estou mencionando; sabe da condição favorável em termos existenciais que a Mesma proporciona; sabe da quebra do ego, do sorriso sereno; da aceitação do “eu” e do mundo tal qual se encontram; da esperança no Porvir, proporcionada pelo próprio Porvir; da simplicidade na linguagem, chegando ao cúmulo de não haver a necessidade de palavras, sejam escritas ou faladas; da comunicação entre os espíritos, mesmo que ainda sujeitos à carne, à matéria; da comunhão de espíritos.
Tudo o mais é fantasia, busca por suprir as necessidades imediatas; o comércio; a busca pelo poder que um dia se desfaz, pois calcado na matéria, há a erosão inevitável do tempo.
E existem dias como esse, em uma última semana de julho, em que estou mais ou menos de férias, e que a “tagarelice literária” se torna evidente, resultado de um bem-estar espiritual advindo da nítida “visualização” do Criador, em momentos específicos, enquanto Ser presente não somente na história humana de uma maneira geral, mas na história de cada um, de um jeito ou de outro, sendo “visualizado”, ou discernido. E isso é uma construção espiritual gradual. Poucos estão dispostos a abraçar a Fé sem ao menos tentar verificar as razões da sua existência, pois penso que mesmo com relação à Fé, que a princípio poderia ser colocada apenas no viés do abstrato, a mesma é legitimada pela razão; ou só existe a Fé, porque existe a razão.
Realmente, estava sentindo falta de colocar uns pensamentos nesse espaço virtual, até mesmo porque, nessas últimas semanas, depois de passadas algumas tempestades em abril/maio, em que ocorreu o falecimento de meu pai, e logo em seguida, duas semanas depois, uma Dengue me deixou meio que combalido, passei mais de duas semanas me recuperando fisicamente e espiritualmente de tal situação. Mas o bom da recuperação é ver o próprio organismo como algo confiável; que o organismo está, tal e qual qualquer organismo, sempre pronto para a existência; que o mesmo é preparado para a existência. E pensar que muitos, por não terem essa visão do próprio organismo, não conseguem visualizar na existência outra coisa que não seja a competição; e muitos, por não aguentarem a competição inerente ao mundo em que vivemos, em todos os setores, começam a se autoflagelar, numa nítida busca por uma fuga dos sofrimentos decorridos, ou por uma falta de maturidade em termos de idade, ou por falta de uma maturidade espiritual. E exemplos temos muitos, em vários momentos históricos.
Mas, voltemos às flores, que foram muitas nesse mês de julho, e daí temos a razão de um maior distanciamento do blogueiro desse meio virtual por esse mês. Paisagens deslumbrantes, naturais, momentos vividos em harmonia espiritual, e o que é melhor: de bem consigo mesmo e com o mundo; trafegando tranquilo e sem sobressaltos, sem procurar muito o “além do horizonte”, apenas o caminhar, lento, gradual e irrestrito; olhando para os lados, nunca para trás. É esse caminhar que devemos desenvolver.
terça-feira, 21 de junho de 2011
Oriente
Ao ler o post anterior, e por ter colocado especificamente a palavra “Oriente”, me veio à lembrança que passei a dar um novo sentido a essa palavra a partir de uma reflexão que tive a grata satisfação de ler, há um bom tempo atrás, quando participava de um fórum de discussões em que um amigo participante - muito espiritualizado, por sinal -, colocava a palavra “orientar-se” com um sentido até então despercebido por mim. E creio que esse sentido também passe despercebido por muitos.
Sim, porque quando falamos em cristianismo, ou quando lançamos olhares para a ideologia cristã, nunca passaria pela nossa cabeça que a mesma - sendo vista por um olhar ocidental/moderno -, fosse originária de uma região do planeta que guarda uma rica caminhada em termos de espiritualidade; como se o cristianismo sempre fosse um produto ocidental, ou sempre fizesse parte do contexto ocidental, não vislumbrando que a origem do mesmo se deu a partir de uma região que hoje, modernamente, conceituamos como sendo o “Oriente”.
Não vou adentrar em procurar a razão de que há um “esquecimento” histórico de forma proposital ou não, nessa origem do cristianismo - pois seriam muitas linhas a serem colocadas nessa reflexão -, mas na importância de saber que a “ocidentalização” do cristianismo se deve à saída do cristianismo das catacumbas, emergindo rumo aos palácios e tomando corpo junto ao estado de então. Pois até então, o cristianismo era algo exótico ao Império pagão, que por esse tempo estava preocupado com o que sempre se preocupam os impérios, ou seja, a manutenção das conquistas materiais. E se a “ocidentalização” do cristianismo seria algo inevitável, ou até mesmo necessária aos Planos Divinos, aí cabe outra reflexão. Mas, o importante é saber que a despeito da conjuntura histórica que mesclou os dois caminhos humanos (um material e outro espiritual), originando o cristianismo que conhecemos até então, resgatar essa origem oriental do cristianismo seria dar um sentido puro à espiritualidade cristã, um sentido que talvez seja mais de acordo com as aspirações e inspirações de muitos que sempre guardam um olhar ameno a respeito da espiritualidade cristã, fazendo com que a palavra “orientar-se” ganhe um sentido de dar menos vazão aos anseios, devaneios, corridas, e outras parafernálias comuns ao meio ocidental moderno em que nos encontramos; parafernálias essas, resultado da ideologia reinante em tal sistema econômico (capitalismo), que dá ênfase ao ter para ser, ao materialismo como sendo a última palavra a permear uma existência.
domingo, 19 de junho de 2011
Culto ao Eu
Um dos maiores empecilhos que se encontra em uma jornada dita espiritual, ou sob um contexto em que a espiritualidade se torna um fator importante, ou a própria “bússola” a nortear os passos nas trilhas da vida, seria o chamado “Culto a si mesmo”, quando se torna difícil visualizar outras condutas terrenas que não tragam em seu bojo a sempre necessidade de suprir as necessidades imediatas - ou não -, que são a tônica de qualquer ser vivo que depende de fatores externos a si, e que por vezes ganha ares de grande importância quando a perspectiva colocada nesta busca se torna o epicentro de uma vida. E a preocupação que recai sobre essa conduta é a de centralizarmos toda a nossa energia e tempo na busca de trazer a si essa condição favorável não apenas em termos do bem-estar físico, mas também psicológico, quando o “ser um vencedor” seria o ápice de uma existência humana, trazendo toda uma parafernália mental favorável e condizente com a condição alcançada; ao cabo que para os demais seres vivos do planeta, o suprimento das necessidades básicas - biológicas -, se torna a razão do existir, e nada mais do que isso.
Mas a razão do “Culto a si mesmo” seria a lógica do sistema econômico (capitalismo) ao qual estamos inseridos, onde observa-se todo um proceder humano (numa visão geral) que coloca na ordem do dia essa necessidade de competir e de sempre se sentir um vencedor; pois na teoria, ou na prática, caberiam aos vencedores os “louros da vitória”, que na realidade seriam “as loiras”, pois sabemos que todo proceder humano - e dos seres vivos de um modo geral -, tem como finalidade suprema, ou principal, a perpetuação da espécie, sendo mesmo a razão principal de todos os embates na vida; e desde que o mundo é mundo que os seres vivos procuram passar a sua carga genética adiante, e no caso humano esse fator ganhou contornos sociais que nos induzem a creditar toda uma performance humana no trilhar terreno apenas visando a obtenção do poder pelo poder, quando implicitamente esse poder está relacionado não apenas a uma melhor condição de suprir os meios de sobrevivência básicos, mas, também, a uma melhor capacidade de não somente se ver inserido numa “relação de produção”, mas, fornecendo elementos em que o resultado da “relação de produção” tenha os meios necessários para continuar a levar a carga genética adiante.
O budismo apresenta uma fórmula para destruirmos o ego, que seria o responsável pelas mazelas humanas em todos os setores da vida, e que é construído - ou desvirtuado -, segundo as reflexões colocadas anteriormente. A prática do “silenciar a mente”, ou da “interiorização” seria uma forma, em linhas gerais, de se obter um conhecimento além do que é proposto pelo mundo externo. É um exercício de autoconhecimento profundo, onde o “eu” toma lugar para si mesmo, ou se torna para si mesmo algo muito mais refinado do que o “eu” que se apresenta a partir das premissas construídas em consonância com o que trilhamos ou tomamos parte no mundo.
Se livrar do “Culto a si mesmo”, ou destruir o ego a partir da vertente budista requer um desprendimento que talvez seja mais difícil de ser alcançado pelo homem ocidental, acostumado a trilhar, mais do que nunca, de acordo com o que imposto pelo sistema exterior a ele mesmo. Talvez, ao homem ocidental, o trilhar sozinho, a partir de si mesmo, requer um exercício de autoconhecimento que somente os que assim se propõe a ofertar para si essa visão, estejam mais dispostos a encarar esse desafio.
Mas, se também há a necessidade do exemplo - mesmo nessa seara espiritual -, para que o homem ocidental remodele a própria existência, temos que o Criador, além de ser “visualizado”, ou discernido por vertentes orientais da espécie humana, Ele próprio tomou a iniciativa de ser mais bem compreendido pela Sua criação, através de intervenções extraordinárias em determinados espaços sociais humanos no decorrer da história, que foram observadas, seguidas, e registradas. E a partir daí temos exemplos de homens, no decorrer da história, que levaram adiante essa Nova Ideologia que viria a ser o Melhor Caminho para uma Ideologia Maior, e Melhor. E os exemplos, tão caros aos homens, tanto na Antiguidade, como na história mais recente (desde o Império Romano), tornam-se cada vez mais numerosos.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Manhã Tranquila
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Lógica Divina
Algo que de repente me veio à mente é a forma como o Criador é "visualizado" a partir da condição (muito humana) de possuir uma espécie de inteligência que se desenvolve seguindo uma lógica própria, mas que muito se assemelha à lógica humana.
Atribuir essa lógica humana no proceder de Deus seria compreender que essa Lógica Divina só pode ser compreendida ou assimilada a partir (e por meio) de uma lógica humana construída no decorrer da História.
Atribuir uma “inteligência” ao Criador seria colocar que o Criador se move segundo uma lógica própria, mas que muito se assemelha à lógica humana, mesmo considerando que essa Lógica Divina seja perfeita.
Enfim, pensar que o Criador “pensa” semelhante a nós, é esperar que o Criador mantenha uma lógica que, mesmo sobre “linhas tortas”, a mesma é mantida.
O sentido de desvendar se a existência de uma lógica desenvolvida a partir de uma Inteligência Divina (semelhante à humana) é uma atribuição (humana) ou se realmente a Lógica Divina existe tal qual se apresenta - ou aparenta ser, ou ter -, é o de ser uma forma de entender a presença de Deus na História, no mundo, e na vida pessoal de cada um, sabendo que a movimentação do Criador segue a Própria Lógica entendida no decorrer dos tempos; ou, caso contrário, o Criador e Sua forma de existir seria Algo que estaria longe de seguir uma lógica (humana demais), sendo essa lógica (atribuída ou utilizada) apenas o meio de comunicação possível entre os dois mundos (material e não-material), aceitando, assim, a realidade de que se o Criador não tem ou não se utiliza de uma lógica, sendo essa lógica mais afeita à condição humana, e não à condição do Criador.
sábado, 16 de abril de 2011
Mundo Bárbaro II

Um pensamento que me ocorreu agora, e já é um pensamento antigo, já exposto na Internet há alguns anos através de um outro blog, é um pensamento que merece ser colocado nesse blog também, no momento atual, quando o autor desse blog se encontra em um momento de muita inspiração e procura transcrever esses momentos e pensamentos por julgar necessário fazer algum tipo de registro sobre os mesmos e deixá-los à disposição não somente dos parcos leitores desse discreto blog, mas, e principalmente, aos leitores dos outros dois blogs mais antigos de minha autoria e que se encontram no momento "parados", já que esse blog encontra-se "linkado" com os mesmos ou sendo um pequeno apêndice dos mesmos, fazendo jus ao nome proposto (Momento Espiritual), pois esse blog é algo afeito aos poucos que penso que me acompanham nesses últimos anos e que merecem que saibam a quantas anda o autor, quando esse mesmo autor procura fazer o que sempre fez nesses espaços mais ou menos públicos: colocar pensamentos e momentos sob a forma escrita que poderão ser o início, ou já fazendo parte e ajudando na elaboração de futuros livros, que são, para os que gostam de escrever, um caminho natural.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Linguagem de Deus
Mundo Bárbaro
Uma constatação incrível que se pode fazer nos dias atuais é a do homem, enquanto ser envolvido nos chamados rudimentos do mundo, ou totalmente voltado para os afazeres que o fazem escravo - escravo do tempo, escravo da mídia, escravo do dinheiro, etc. - , não sente a necessidade, ou não tem um maior interesse, pelo menos momentaneamente, em nada que não esteja envolvido nesse conjunto de necessidades a serem supridas, o tornando escravo dessas necessidades.
Imagino o homem atual voltando a uma situação semelhante ao paganismo de outrora, ou vivendo, atualmente, em um momento aonde o contexto material, mais do que nunca, ganha uma importância tal que impediria qualquer outro avanço maior na ideia de um Ser Criador - ideia libertadora por excelência.
Criamos condições favoráveis de existência, mas essas mesmas condições favoráveis de existência não promovem um bem-estar espiritual capaz de selar o vazio existencial comum a todos em algum momento da existência.
Estamos como naqueles dias
Um desprendimento de tal condição só é possível através de outra visão de mundo ofertada pelo Criador, porque tira o foco apenas do que o mundo coloca - em termos materiais -, e mostra ao homem que o Mundo Não-Material é uma outra Realidade possível, só não possuindo a lógica do mundo material ao qual o homem-material está acostumado a trafegar.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Velho Sertanejo
sábado, 9 de abril de 2011
Hotel Califórnia

Eagles - HOTEL CALIFORNIA |
terça-feira, 5 de abril de 2011
Interiorização
Observar a si mesmo, olhar para si mesmo, interiorizar-se, olhar para dentro, olhar para si frente ao mundo... A presença no mundo é algo que deve ser refletido. A simples presença no mundo é algo excepcional, é saber-se possuidor de características e condições especiais que possibilitam a existência tal qual tomamos conhecimento ao olhar para nós mesmos. E antes de qualquer tomada de posição, ou de rotulação, querendo uma conceituação acerca desse “exercício” a ser desenvolvido, deve-se apenas observar que essa tomada de visão sobre si mesmo é um passo importantíssimo para uma independência frente ao mundo, sobre as emergências que o mundo coloca a cada um de nós.
Quero definir esse “exercício” ou tomada de visão como sendo uma constatação de que a própria existência é algo extraordinário, mesmo que esse “extraordinário” seja afeito a muitos, a milhões de seres vivos, cada qual vivendo sob condições encontradas ou adquiridas.
Não se trata de uma fuga, como muitos julgam qualquer tipo de meditação (que prefiro chamar de interiorização), mas de uma visão interior e exterior ao mesmo tempo; da tomada de consciência de que a vida é o bem maior e que deve ser bem conduzido, deve ser preservada dos estresses desnecessários que a vida ou o mundo impõe a cada um de nós. O interiorizar-se passa a ser uma conduta de aperfeiçoar-se frente a nós mesmos, conhecer a nós mesmos, compreendermos a nós mesmos, numa busca de condições mais favoráveis - em nós mesmos -, na caminhada no mundo. Devemos refletir até que ponto o meio externo deve influir em nosso interior, que se torna, a partir de então, o mais importante a ser preservado; que o meio exterior não deve ser o senhor da nossa existência, ou não deva permear a existência, e por isso mesmo deve ser evitado, deve ser contornado e deve ser colocado ou deixado em seu próprio meio.
É olhar para si mesmo a partir de dentro. É saber-se um componente existente em determinado espaço geográfico e político, mas que esses últimos fatores não devam ser a mola-mestra a conduzir a trajetória da vida. É deixar o mundo viver em seu próprio ritmo; é não se assustar com o movimento do mundo, mas tomá-lo como algo natural ao mesmo, afinal, tudo no mundo tem movimento, a começar pelo próprio mundo.
E de repente os milagres acontecem. E de repente a vida toma ares mais de acordo com o eterno movimento do mundo, com a mágica que se tornou viver e estar no mundo. De repente nós nos tornamos muito especiais para nós mesmos e começamos a comandar a nossa vida sob fatores mais de acordo com o movimento do mundo. Já não precisamos nos sobressaltar em relação aos percalços, às condições que não consideramos condizentes com as perspectivas que construímos e consideramos como ideais, apenas aceitamos que a vida em seu aspecto maior sempre dá a palavra final.
A palavra final já não deverá ser uma busca incessante; é apartar-se da competição inerente ao regime econômico em que estamos inseridos; é saber que com essa sintonia o mundo acaba sendo visto sob outros olhos, sob outras condições. E acaba-se ganhando um movimento diferente no mundo, sobre o mundo; acaba-se sendo um ser próprio, um ser único, dono de si mesmo; acaba-se procurando dentro de si a saída que sempre é buscada no exterior.
É esse estranhamento consigo próprio que deve ser o ponto inicial de descobertas incríveis que estavam encobertas pelas emergências do mundo, da vida, numa trajetória material que aprisiona a vida apenas sob esse aspecto – material – tornando-nos apenas sujeitos econômicos e sociais a desempenharem ações com um fim quase universal.
domingo, 27 de março de 2011
Momentos II
sexta-feira, 25 de março de 2011
Momentos
Alguém já disse que "recordar é viver". Concordo em parte, pois se ficamos presos ao passado é porque já não se tem muito futuro pela frente. Mas existem momentos em que vale a pena reviver, lembrar, e as fotos existem devido a essa função de nos mostrar uma realidade sublime vivida e que foi "congelada".
Momentos áureos, quase aéreos, que nos fazem lembrar dos altos, das conquistas, das glórias esquecidas, mas que um dia foram alcançadas.
Escrita Divina
Encontra-se, em muitas palavras escritas, uma fonte inesgotável de aprendizagem, de ensinamentos, principalmente nessa área mais afeita à espiritualidade; e a Bíblia seria esse exemplo maior de como as palavras escritas nos dão um bálsamo em certos momentos de nossas existências. Mas nem sempre. Pois às vezes os rudimentos do mundo, ou o mundo em si parece englobar todas as nossas atenções e nos vemos submetidos à realidade que nos circunda.
Mas, por incrível que pareça, mesmo com o nosso foco totalmente voltado para a realidade que nos apresenta, o mundo, essa mesma realidade nos faz voltar os olhos novamente para o Criador. E esse olhar se acha presente exatamente em momentos em que a realidade parece não permitir o olhar direto para as palavras escritas contidas na Bíblia. Então o olhar acaba “procurando”, se fixando em lugares, em inspirações, em momentos em que só nos resta “encarar” o Criador; ou o Criador, nesse momento em que estamos “despidos” de todas as certezas que o mundo aparenta oferecer, “aparece” de forma espontânea.
Lembro que li em um jornalzinho numa missa há algumas semanas, um artigo, dos muitos que se apresentam normalmente em um local específico nesse jornalzinho que leio aos domingos, em que o autor refletia sobre a Realidade Divina que parece ser o caminho natural ou o único caminho possível àqueles que estão de alguma maneira “esvaziados”, seja no sentido material, seja no sentido espiritual, ou com um “vazio” interferindo ou patrocinando a existência do outro “vazio”, e vi naquele momento como a escrita pode ser importante para desenvolver ideias e permitir “iluminações” instantâneas, aonde de tudo que se lê, a despeito da imensa quantidade de informação que pode dificultar a assimilação, sempre, em alguma leitura como essa que coloquei, acaba-se por “guardar” por mais tempo ou indefinidamente alguma lição, de tão tocante e esclarecedora naquele momento.
Sim, deve-se não só permitir como procurar fomentar essa saída Divina e Única a todos os que se acham frente ao Criador de tudo, pois de um jeito ou de outro é com Ele que "encaramos" em algum momento da existência.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Receita
O que aprendi na vida – e continuo aprendendo – é que por mais que queiramos que tudo aconteça de acordo com o que planejamos, quanto mais queremos, quanto mais planejamos, quanto mais almejamos, e isso em todos os setores da vida, aí é que as coisas teimam em não acontecer.
Por vezes, em outros momentos, deixei o barco me levar sem pressa, sem ansiedade, e sem mais e nem menos as coisas aconteciam. Coisas deslumbrantes, sem fazer muito empenho para consegui-las, aconteciam. Mas quando me centralizava em algo e tornava o foco centralizado na busca de realizar um ideal, tudo era mais difícil.
Aprendi que tudo na vida tem o seu tempo, e antes das conquistas materiais ou qualquer outro tipo de conquista, deve-se tentar atrelar uma Conquista Maior (Deus), porque somente com essa Conquista Maior é que outras conquistas acontecerão, ou aprenderemos a valorizar as antigas e recentes conquistas; ou melhor, ficamos independentes da necessidade de conquistas, pois com a Conquista Maior o mundo, a vida, todos ganham um novo contorno.
E hoje me falaram algo que já sabia e é bom ouvir dos outros em conversas informais: que não existe melhor coisa do que a alegria provinda de Deus, que tudo abastece, e só quem entende e sentiu é que sabe do que se trata essa “alegria de Deus”.
Uma “receita” para conseguir essa “alegria”? Existem muitas, mas cabe a nós procurarmos conquistar essa alegria, de um jeito ou de outro. Enquanto não há um “abastecimento” dessa Verdadeira Alegria ficamos mergulhados e decifrando, analisando; numa palavra, procurando entender e trafegar em um mundo aonde todos os caminhos se tornam apenas uma maneira de trafegar, mas que se atrelados aos rudimentos acabarão apenas por bailar por estruturas físicas sujeitas ao tempo.
O mundo é belo e esse mundo serve muito bem de inspiração. E a inspiração nasce apenas de uma subida em um serra na busca de vislumbrar uma luz cintilante que seja, naquele céu nublado. A luz pode não ser visível, ou ter ficado visível, mas o importante é que houve uma aproximação de uma luz inatingível, mesmo que o céu nublado e/ou a distância teime em não deixá-la visível.
quarta-feira, 16 de março de 2011
Noite Diferente
Chegando ao local noto ao longe, no local aberto e coberto que serviria de auditório, um adolescente numa bateria e um senhor de meia idade agarrado a um violão, ambos afinando os instrumentos e fazendo alguns acordes. A noite prometia.
Depois de todos sentados em lugares dispostos, começamos a ouvir o que deveria ser o líder espiritual, ou seja lá o que for, mas que fazia-se de mestre-de-cerimônias e fez a apresentação do local; e fiquei sabendo que aquela vertente fazia parte de uma paróquia próxima, era como um anexo especial em que aconteciam encontros e missas.
Mas o que mais me chamou a atenção não foi a vertente em si, já que já tinha uma ideia do que se tratava devido conhecer a outra vertente, que seria até mais conhecida na cidade; mas no discurso proferido pelo líder espiritual, que contou que ao contrário de antigamente em que os adolescentes eram praticamente obrigados a fazer a Crisma, hoje são os próprios adolescentes que procuram fazer, até antes mesmo da idade ideal que seria de quinze anos, em um sinal claro que uma parte da juventude está a necessitar de um apoio espiritual para fazer frente à loucura em que se tornou o mundo atual.
Não estou falando de adolescentes que estejam em situação de risco, ou de pessoas que estão procurando a religião - ou o desenvolvimento de uma espiritualidade - com a finalidade de fugir de uma realidade mais cruel em termos existenciais, estou falando de jovens de classe média, bem nutridos, bem vestidos, com ótima aparência, buscando uma vertente diferente e se esquecendo, ou se distanciando, ou fazendo frente aos apelos consumistas inerentes à idade
e à própria classe social.
Sou realista nesta seara. Penso que apenas uma minoria dos jovens nessa faixa etária acabam por se engajar mais demoradamente, seja nessa vertente, seja na vertente tradicional da religião, mas foi bom ver jovens que estão mais engajados pelo menos temporariamente. E naquele momento haviam os monitores, tão adolescentes quanto os que estavam começando a Crisma, que faziam a parte de "enturmar" aquele grupo e o fizeram com maestria, pois logo após alguns cânticos com letras de músicas voltadas à adoração, esses jovens monitores que já haviam passado pela Crisma e se achavam engajados a tal ponto de não somente ficarem cantando e dançando de acordo com uma coreografia própria, mas a de colocar em prática a parte de levar para o "palco" a maioria daqueles jovens que estavam ingressando e que acabaram por também dançar e cantar literalmente.
Há alguns anos atrás com certeza uma imagem dessas me faria torcer o nariz, levando em consideração toda uma idealização construída e que passaria longe daquela manifestação, que aos olhos de qualquer um que não esteja tão afeito a algum tipo de espiritualidade, ou religiosidade, beiraria, no mínimo, a uma demonstração de total alienação. Mas hoje não, hoje, depois de muito percorrer esse caminho que está aberto a todos, ou de tentar percorrê-lo, mesmo que aos trancos e barrancos, com idas e vindas, hoje sei da importância que se deve atribuir a uma faceta da existência que, infelizmente, só é levada em conta, na maioria da vezes, ou numa tenra idade, ou numa idade mais avançada.
domingo, 13 de março de 2011
A Trilha
4. "Ora, tudo quanto outrora foi escrito, foi escrito para a nossa instrução, a fim de que, pela perseverança e pela consolação que dão as Escrituras, tenhamos esperança".
A continuação desse capítulo bíblico, que se tornaria muito extenso se aqui o digitasse, continua a nos fornecer uma ideia de como as Escrituras mantêm em seu arcabouço uma leitura sempre atual, provinda de uma perspectiva sobrenatural construída há séculos.
Essa reflexão é apenas para colocar à disposição dos que gostam de ler aspectos relacionados à espiritualidade feitos por quem há muito procura caminhar sob essa perspectiva - e que chegou em um estágio de maturidade não só fisiológica e psicológica, mas espiritual -, e que através dessas experiências nessa área específica, as mesmas me permitem levar em conta o que "mandam" as Escrituras, porque as Escrituras realmente "falam".
Manter essa perspectiva e colocar essa perspectiva na ordem do dia, seja sob a forma de registrar experiências e reflexões acerca da mesma, seja através de leituras bíblicas, se tornou quase uma "ordem" quando assim me proponho a fazê-las, dado que por esse meio de comunicação - a escrita -, muitos conseguem vislumbrar esse aspecto na vida, e a escrita torna-se, assim, um dos meios possíveis de nos vermos incluídos nesta perspectiva sobrenatural.
Tenho esse meio de comunicação - a escrita -, em grande conta. Desde muito jovem sempre me pegava lendo algo, e da leitura à escrita foi um passo totalmente natural. Modéstia à parte, nos tempos de escola sempre me destacava ao escrever redações, pois escrever se tornava algo divertido de se fazer, ainda mais quando se tomava "contato", por esses tempos e através dos livros escolares, com um dos mestres da literatura nacional - Drummond -, e suas impagáveis crônicas. A escrita se tornou algo muito divertido.
Antes de traçar essas linhas e digitá-las no blog, tinha em mente digitar outras linhas a partir de uma visão que já havia colocado em outro blog (Azul no Mundo), em que mencionava o fato de que na infância, na época das férias, no interior do estado, na casa em que nos hospedávamos tinha uma serra quase como a continuação de seu quintal, e nesta mesma serra havia um Cruzeiro em seu cume.
Havia construído em minha mente uma metáfora que deveria ser digitada no blog, dando conta de que aquele Cruzeiro no alto da serra simbolizaria Algo a ser alcançado, e que muitos, uma vez avistando o dito Cruzeiro, seja no sopé da serra, seja ao longe, os mesmos se propunham a subir a sua trilha principal com a finalidade de alcançá-Lo.
Esse Cruzeiro literal não me foi possível alcançar na época de garoto porque o meu pai temia - já que conhecia esse caminho como se fosse a palma de sua mão -, que as cobras que ele tanto presenciou nas suas subidas, extinguissem de forma precoce a existência de um futuro blogueiro. Mas essa visão trazida da infância, me permite fazer hoje uma analogia entre o subir uma montanha apenas visando a adrenalina de uma escalada cheia de aventuras, com o subir a montanha atual, sob um prisma espiritual, mesmo que o Cruzeiro continue tendo uma visão literal.
Mas aí é que começariam os problemas, pois muitos, tomando por base o Cruzeiro literal, ampliam a visão literal-racional e colocam essa forma literal de ver as coisas como também fazendo parte do caminho, ou compondo o próprio caminho em si, considerando o caminho ao Cruzeiro como sendo um caminho literal tal qual se apresenta o Cruzeiro ao longe.
E nessa trilha especial acontecem as mesmas peripécias que geralmente acontecem nas trilhas literais da vida. Mas aí é que entra a tal da experiência nesse campo, vivida e propagada pelo blogueiro que escapou de ter a vida ceifada precocemente graças à atuação protetora de seu pai. O blogueiro adquiriu um grau de maturidade, que o permite ver que mesmo que a performance dos que se propõem a subir a trilha especial se mostre errada aos seus olhos, ele chegou à conclusão de que a performance errada se dá não por culpa dos "alpinistas", mas devido às condições propiciadas, adquiridas, conquistadas, aperfeiçoadas, atreladas, no intuito de conseguirem alcançar o Cruzeiro; que o erro começa com o tentar alcançar através de um caminhar literal; da corrida desenfreada; das cotoveladas inerentes ao modo em si; da competição; da busca sempre presente pelo poder, em qualquer grau de magnitude; e outros, como se estivessem numa trilha literal tal qual estão acostumados a trilhar na vida, procuram "facilidades" através do poder econômico, capazes de proporcionar uma ida mais confortável, como se fosse possível construir nesta seara escadas rolantes, elevadores, ou a utilização de helicópteros fosse uma realidade possível de acontecer, tamanha a materialização afeita e desenvolvida nesta trilha especial. E cotoveladas, rasteiras, uma "batalha" de todos contra todos, de grupos contra grupos é travada aonde menos se esperava que a mesma ocorresse.
Mas o blogueiro que escapou das cobras, do alto de seu desprendimento, se achando o sábio dos sábios nesta seara espiritual - ainda que estando sob uma condição material -, olha estupefato, assombrado, por vezes olhando com desdém aquela "corrida". Porque para ele que conseguiu atrelar a si uma Condição Especial que lhe permite um ponto de vista que sequer lhe permite olhar os "competidores" em ação, considerando a dita corrida engendrada pelos mesmos como infrutífera, o "alcançar o Cruzeiro" não se daria sob aquela forma dita literal, mas através da forma espiritual. Ou seja, o blogueiro chegou à conclusão de que se há a tentativa de se trafegar numa seara espiritual, nada mais de acordo que trafegar de forma espiritual pela dita seara; que deve-se "abandonar" o corpo nesta forma de buscar o Cruzeiro, porque o que vale é o espírito; que mesmo se alcançando o Cruzeiro literalmente, esse alcance tem como finalidade última o desenlace entre o corpo e o espírito.
Então, o blogueiro toma a si como um possuidor de todas as virtudes e de que é possuidor de uma visão especial naquela e sobre aquela trilha especial, e, portanto, possuidor de uma conduta correta no trafegar terreno rumo ao Cruzeiro. Mas de repente o blogueiro é "iluminado" e lhe vem à mente que até mesmo essa sua conduta tida por ele mesmo como exemplar se mostra equivocada; que mesmo se vendo em uma frente diferente rumo ao Cruzeiro, de repente o blogueiro chega à conclusão de que a chegada até o Cruzeiro, mesmo que sob essa condição especial que lhe pertine, não está atrelada ao mérito. Não é o mérito que define a chegada ao Cruzeiro, pois essa busca pelo mérito é apenas uma faceta mais visível do mundo terreno que procura também se fazer presente nessa Nova Caminhada.
Enfim, o blogueiro, no final das contas, se dá conta de que mesmo ele estando ou se achando estar em um relevo mais elevado espiritualmente, esse mesmo relevo tido como espiritual o estava levando a trafegar por um relevo material, e o seu "caminhar" se tornou tão literal quanto o caminhar daqueles que ele julgava como caminhando de forma errada, pois se eles estavam literalmente escalando a montanha, ele, o blogueiro, tentava chegar ao Cruzeiro por um outro caminho mais leve, planando, espiritualmente falando, mas tão literal quanto o caminho dos outros. Então se deu conta que estava sendo orgulhoso e vaidoso por ter aprendido a "voar".
Então, mais um vez o blogueiro ser deu conta de que o caminho ao Cruzeiro é fadado a todos; que o fim último - ou primeiro - não estaria na chegada, mas no caminho por vezes tomado como literal, aonde o corpo aprende a se deslocar segundo o espírito, e não segundo o corpo; aonde os corpos possam, enfim, conviver harmonicamente segundo o Espírito, numa reunião espiritual em que todos são literalmente iguais, independentes dos corpos e adereços atrelados aos mesmos. E o blogueiro "desce" do pedestal que construiu para si mesmo.
domingo, 23 de janeiro de 2011
Escrita e Espiritualidade
Na seara da espiritualidade temos que em muitos momentos o que motivou e ainda motiva os homens a observarem preceitos que remetem a um plano sobrenatural, ou transcendental, é a obtenção de uma condição favorável de existência, tanto agora em termos humanos, quanto depois em termos espirituais; não há muitas saídas disponíveis para um ser literalmente material que depende das condições materiais para a manutenção da própria existência.
Para haver um “desdobramento” é necessária, antes de tudo, uma ação direta do Ser Supremo, do Criador de Tudo, com o fito de fornecer os elementos essenciais que promovam essa visão além dos limites estabelecidos aos homens enquanto seres literalmente materiais. E o interesse despertado para o Criador passou e passa graças a uma ação direta do Mesmo na história humana, e essa ação direta é a que está mais acessível em termos de espiritualidade ao homem ocidental.
A escrita foi desenvolvida no desenrolar do processo evolutivo engendrado pelos homens na face da terra e que tinha enquanto meio de comunicação a finalidade de ser um instrumento a mais que facilitasse a caminhada da humanidade em direção a esse mesmo quadro evolutivo antes de tudo social, mesmo que sob um aspecto meramente econômico. Essa reflexão se acha necessária para observarmos que se a escrita teve um papel importante nesse momento evolutivo humano, essa mesma escrita desenvolvida para facilitar as relações humanas em termos de relações sociais, também serviu como instrumento difusor da ação de Deus em um momento específico, ou em momentos específicos da história da humanidade.
Homens impelidos ou que se achavam e se diziam impelidos por Deus se utilizaram da escrita para fins imediatos e que acabaram por colocá-la como um instrumento importante para difundir a ação de Deus até os dias atuais. E o mundo ocidental atual, herdeiro direto de uma vertente dessas ações diretas - e indiretas - de Deus no Oriente, tem hoje à disposição um instrumento importante para o conhecimento dessa ação direta de Deus que fora registrada pelos que de alguma forma estiveram à frente desta ação e que conseguiram perpetuar a mesma, primeiramente sob a condição oral, para depois ser registrada na forma escrita.
Outra reflexão recai na possível constatação de que ao homem ocidental, herdeiro e influenciado diretamente pela revolução burguesa e seus ideais absolutamente materiais, esse instrumento - a Bíblia - marca maior da importância da escrita para a espiritualidade cristã, se torna o melhor e talvez o único meio a muitos, de obterem essa visão da ação direta de Deus na história e, consequentemente, a conquista de uma perspectiva sobrenatural.
Então, a escrita seria uma condição benéfica e auxiliadora na promoção de uma abertura dita espiritual, ou na obtenção de um novo enfoque da vida, na vida. A Bíblia seria, enfim, uma espécie de portal indispensável nos dias atuais que promove a “libertação”, transcendendo frente a todos os outros ideais já maquinados pelos homens.
Uma reflexão bem mais audaciosa estaria na constatação de que aos homens ocidentais em geral restaria somente esse instrumento ou essa forma mais à mão como meio de obter essa outra visão extraordinária da realidade, dado que se acha concentrado nesse instrumento o modo mais eficaz, onde temos o porquê, a razão dessa perspectiva sobrenatural, posto que existem outros meios que requerem uma carga de despojamento ou de discernimento não-condizente com o imediatismo imposto nas existências humanas ocidentais.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
O Exemplo
Nesta semana, mesmo de férias passo o dia resolvendo algumas pendengas que não deram tempo de serem resolvidas antes, e me deparei com um momento ímpar em termos de espiritualidade. Simplesmente cheguei à conclusão de que para os cristãos não é necessário se expressar, seja de forma oral ou escrita, sobre a sua condição em termos espirituais, porque muitos cristãos se tornam literalmente como "luzeiros", exemplos, que mesmo sem o perceber, ou mesmo sem o querer se tornam como tais. E há muito tempo já tinha observado essa condição especial de pessoas simples que mostram-se como "luzeiros" em meio às trevas seculares. E daí que vem a lição de que não há a necessidade de se demonstrar que se está trilhando determinado caminho espiritual, mesmo sabendo do preceito bíblico de levar a Boa Nova a todos, mas creio que a muitos cristãos o "ser cristão" já se torna uma forma da Mensagem ser passada adiante, pois a mudança operada ou em desenvolvimento em alguém que pretende trilhar tal Caminho já se torna algo perceptível, não somente aos próximos como aos que tomam contato com tais pessoas que se iluminam e iluminam o caminho dos outros.